República Dominicana
Donatários ativos: 7
Recursos da IAF: US$2.105.585
Contrapartida: US$2.163.812
Investimento total: US$4.269.397
Áreas de ênfase: Agricultura (agrossilvicultura), responsabilidade social das empresas, educação, desenvolvimento de empresas, direitos da mulher.
Novas doações
Acción Callejera Fundación Educativa (Acción Callejera), US$250.310 por três anos;
contrapartida comprometida: US$243.995.
Acción Callejera vai oferecer aulas a 2.700 crianças em bairros pobres de Santiago, ensinando ou reforçando matérias acadêmicas. Ela vai ensinar pais, educadores e líderes comunitários a reconhecer quando as crianças estão em risco e organizar grupos responsáveis pelo monitoramento das condições em suas comunidades, intervindo em nome de crianças vulneráveis e promovendo políticas públicas que beneficiem crianças e adolescentes. (DR-343)
Instituto para la Autogestión y el Desarrollo de Base (INADEB), US$348.365 por três anos; contrapartida comprometida: US$213.170.
O INADEB vai trabalhar com 150 membros da Asociación de Agricultores San José, uma federação de cafeicultores de Palo Alto, Santiago, para melhorar sua produção, processamento, armazenagem e vendas de café orgânico. Os agricultores devem elevar sua renda, aumentar a cobertura florestal e preservar a biodiversidade. (DR-344)
Núcleo de Apoyo a la Mujer (NAM), US$276.350 por três anos; contrapartida comprometida: US$186.685.
O NAM vai expandir os serviços oferecidos a vítimas de violência familiar, de gênero e sexual e fortalecer redes institucionais dedicadas a prevenir esses tipos de violência em Santiago e Moca. O projeto deve beneficiar 1.385 vítimas, membros de organizações de base e não governamentais e funcionários públicos. (DR-345)
Combate à violência contra mulheres
Em 1997, o Congresso Dominicano reconheceu a prevalência da violência contra mulheres com uma lei que prevê a persecução criminal e punição dos agressores. Isso foi um importante passo, mas um trágico aumento no número de homicídios indica que a violência contra mulheres continua a ameaçar a sociedade dominicana.
O Núcleo de Apoyo a la Mujer (NAM), uma organização não governamental fundada em 1987 que trabalha para combater a violência contra mulheres, crianças e adolescentes, foi consultada para a elaboração da lei de 1997. O NAM oferece às vítimas de abuso acesso a apoio jurídico e psicológico e serviços educativos. Seu escritório está localizado em Santiago de los Caballeros, na região de Cibao, onde Minerva, Patria e María Teresa Mirabal, conhecidas como “Las mariposas,” formaram seu movimento em oposição ao regime autoritário de Rafael Trujillo, que dominou o país de 1930 até seu assassinato em 1961. Muito admiradas em vida, as irmãs passaram a ser reverenciadas depois que foram brutalmente assassinadas em 25 de novembro de 1960, devido ao seu ativismo. “Las Mariposas” simbolizam tão fortemente a resistência das mulheres à opressão e injustiça que a Assembleia Geral das Nações Unidas selecionou a data de sua morte para marcar o Dia Internacional para Eliminação da Violência contra a Mulher.
Uma doação concedida pela IAF ao NAM em 1995 (DR-254) apoiou a
fundação do Movimiento de Vida Sin Violencia (MOVIDA), uma rede de
organizações dedicadas a combater a violência. O NAM vai usar a doação
atual para ampliar seus serviços em Santiago e Moca continuar o trabalho
de MOVIDA e do Centro de Ayuda a la Mujer (CAM), um centro de serviços
para mulheres rurais da província de Espaillat. Especificamente, o NAM
vai oferecer capacitação na prevenção da violência a representantes de
organizações não governamentais e de base, que aprenderão a analisar a
prevalência da violência em suas comunidades, identificar vítimas de
abuso, encaminhá-las a serviços e monitorar seus casos no sistema
judiciário. A capacitação do NAM vai se concentrar também nos membros de
redes de jovens, que depois capacitarão outros jovens. Em parceria com a
Associação Dominicana de Advogados, o NAM vai proporcionar capacitação a
advogados sobre direitos das vítimas. Ex-clientes vão trabalhar como
voluntários proporcionando apoio jurídico e psicológico. Reuniões com
autoridades municipais, promotores e representantes de ONGs que combatem
a violência devem resultar em serviços de proteção mais fortes. Os
voluntários do NAM devem emitir relatórios confirmando se todas as
partes têm honrado seus compromissos.
—Alexis Toussaint, assistente de programas